quinta-feira, 11 de julho de 2024

Quarta Mesa Redonda - A Comunicação entre interesses econômicos e serviços à construção social

 



36º Congresso Internacional da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter) - PUC Minas-Belo Horizonte, 9-12 julho 2024

 


 

Palestrante 1: Dr.  Moisés Sbardelotto (PUC Minas)

Palestrante 2: Dra. Magali do Nascimento Cunha (UFBA)

Moderador: Dr. Marco Túlio de Sousa - Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP)

 

Síntese: Paolo Cugini

Dr.  Moisés Sbardelotto

Construção do bem comum que exige práticas de comunicação.

Midiatização digital. Ecologia midiática na qual a voz das máquinas se mescla á voz das pessoas. Transformações informacionais. A identidade da pessoa não é um conjunto de dados.

Humus simbólico: reviravolta linguística. Pela primeira vez na história o ser humano perde seu monopólio sobre o uso eficaz da linguagem. A eficácia linguística da AI desafia a capacidade humana. É preciso repensar o comum. O risco de deixar de lado a potência do indivíduo. (Sodré).

Humus tecnológico.  Mídias como espécies companheiras (T. Lenoir 2009). Comunicação é um processo artificial (Flusser, 2011). Repensar a ideia de sociedade. Alfabeto, gestos: é tudo invenção humano. A Inteligência é artificial por si mesma, pois utiliza sempre artefatos para apreender. Necessidade de superar o antropocentrismo. Necessidade de um antropo descentramento (Marchesini, 2010).

Humus sociocultural. Humanismo digital (Nidia Rumelin e Weindenfeld, 2019). Pensar um humanismo digital integral, mas a superação autocentrada do ser humano a partir das relações com as alteridades não humanas. Necessitamos de uma razão cordial. Busca de um encontro amoroso com os seres.

Proposta: pensar uma biocomunicação. Comunicação não viva e computacional e comunicação geradora de morte por meio da desinformação. Comunicação que é humanizante.

 

Dra. Magali do Nascimento Cunha

O direito a vida e à coexistência humana antes as novas modalidades de IA: desafios às religiões.

Reconhecimento facial para a segurança pública.

 

Safya Noble, Algoritmos de opressão

Tarcísio Silva, Racismo algorítmico.

Nós temos um processo de algoritmização. Temos um grande desafio como pessoas religiosas. Cada pessoa tem direito de viver.

Uso da mentira e do engano para interferir no interesse público. Conceito de desinformação: conteúdo deliberadamente criado, falso ou enganoso para convencer, captar apoios, confundir, destruir reputações com a finalidade de se obter ganhos econômico e políticos para interferência em temas e situações de interesse público.

Porque as pessoas acreditam. O segmento mais vulnerável a isso é o religioso porque tem o ponto da crença. Os cristãos são os mais vulneráveis. Os cristãos são os maiores divulgadores de desinformação.

Dois desafios:

a.       Intolerância algorítmica

b.      Propagação da mentira cujo alvo são os grupos religiosos.

Proposta: não podemos demonizar o processo. Necessidade urgente de educação mediática. Intender como funciona. Estamos despreparados. Educa Midia trabalha com três pontos:

·         Ler: entender como se constroem as notícias

·         Escrever: colocar que tem regras para produzir textos. Cada mídia tem sua linguagem.

·         Participar: cidadania digital, comentar, partilhar, etc. e pensar as consequências daquilo que postamos e comentamos.  

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