sábado, 4 de março de 2023

Gianni Vattimo: O cristianismo entre morte de Deus e enfraquecimento do ser

 


Paolo Cugini


A análise que Gianni Vattimo desenvolveu ao longo destes anos tem como pontos referenciais dois filósofos: Nietzsche e Heidegger[1]. O anúncio nietzschiano da morte de Deus e o niilismo como consequência do pensamento Ocidental, na perspectiva de Vattimo desembocam na análise heideggeriana do fim da metafísica, da história da metafísica Ocidental como enfraquecimento do ser. Sendo que a proposta de Vattimo que chamamos de “religiosa” não pode ser entendida em sua profundeza e em suas consequências extremas senão a partir deste pano de fundo filosófico, que retorna em várias páginas de sua obra, sobretudo nos textos das últimas duas décadas, é necessário aprofundar o discurso. Na análise de Vattimo, tanto a reflexão niilista de Nietzsche quanto o anúncio heideggeriano do fim da metafísica apontam para aquilo que hoje chamamos de fim da modernidade.3 Nessa altura, a pós-modernidade não seria outra coisa que o esgotamento do projeto moderno da metafísica clássica, da maneira de interpretar o ser como presença, como algo de fixo, de rígido. A metafísica, alvo das críticas de Vattimo, é a filosofia sistemática, capaz de fornecer uma representação coerente, unitária e rigorosamente fundada das estruturas estáveis do ser.[2] Metafísica, neste sentido, seria um pensamento que identifica a verdade do ser com a possibilidade de medir e de manipular o objeto da ciência. Esta crítica, como sabemos, não é nova. Já a partir dos anos oitenta, vários epistemólogos[3] questionavam a veridicidade das teorias científicas, sobretudo, a presunção de achá-las melhores daquelas de cultura diferente. A novidade da análise de Vattimo consiste na ligação que ele realiza entre a crise da metafísica Ocidental e as consequências – por ele positivas – no cristianismo. Existe toda uma série de eventos acontecidos nas últimas décadas que comprovam a dissolução da metafísica clássica, o enfraquecimento de um ser apresentado como fundamento único e objetivo da realidade. A queda do muro de Berlim, a crise sistemática do modelo econômico neoliberal, o mundo pluralista em que vivemos, o desmoronamento do mito do progresso ilimitado, fruto maduro do iluminismo setecentesco: são todos sintomas de um enfraquecimento do ser da metafísica forte de cunho Ocidental que desembocam no niilismo. Na Babel do pluralismo do ocaso da modernidade, do desmoronamento das metanarrativas de lyotardiana memória,[4] das ideologias fortes centradas sobre verdades absolutas se multiplicam as narrativas sem um centro e uma hierarquia. “O fim da metafísica, vista como crença em uma ordem fundada, estável, necessária, e objetivamente cognitiva do ser, foi acompanhado, no pensamento e na prática social, pela morte do Deus moral, do Deus dos filósofos” (Vattimo 1996, p. 37). Pela metafísica clássica que Vattimo critica, a verdade não é nada mais que o fruto de uma projeção subjetiva, idealista, um dado fixo. A este tipo de verdade o mundo pós-moderno está dizendo adeus. A reflexão de Nietzsche que desemboca no anúncio da morte de Deus e no advento do niilismo se encaixa com a análise heideggeriana do fim da modernidade, abrindo o caminho através de novas perspectivas filosóficas. Se, de fato, ao longo dos séculos, a metafísica Ocidental tentou reiteradamente apresentar o ser como algo de forte, fundamento objetivo da realidade, ocultando sua autêntica natureza que é a fraqueza ou a tendência ao aniquilamento como todo evento histórico, para Vattimo, isso mostra como na realidade o niilismo não é algo de extrínseco ao mondo ocidental, à sua cultura e a seu berço cristão, mas sim, intrínseco. “A metafísica se manifesta, na sua essência, quando chega ao fim e alcança o seu fim precisamente enquanto se revela na sua essência” (Vattimo 2006, p. 64), ou seja, como enfraquecimento, como esquecimento do ser. Os eventos do mundo contemporâneo supraindicados não fazem outra coisa que confirmar esta análise no plano metafísico. A análise que Vattimo elaborou nas últimas duas décadas oferece assim uma leitura filosófica dos acontecimentos históricos que estão se alastrando no mundo Ocidental. Existe uma lógica no desastre que a todos os níveis está se manifestando, um desastre devido a uma interpretação errada do ser como presença, como algo de fixo e, sobretudo, como algo que o homem pode manipular. O destino do Ocidente não pode não ser marcado pelo caminho do enfraquecimento do ser, caminho que, infelizmente, ao longo dos séculos, deixou um marco profundo na história, o marco da violência. Refletir sobre o nexo entre violência e metafísica parece um paradoxo, mas, à luz da análise histórica tão paradoxal, não é.

A conatural necessidade à qual corresponde a metafísica, aquela de apreender a arché, está profundamente ligada à hýbris de quem quer alcançar a plena posse da própria existência e, portanto, no final, do predomínio em nós das leis da sobrevivência, aquelas que “justificam”, em última análise, a violência na qual reside o mal” (Vattimo 2004, p. 141).

A metafísica como fixação rígida do ser produziu sempre um pensamento forte incapaz de acolher as identidades alheias, as diferenças culturais e religiosas. O mundo Ocidental é um mundo substancialmente violento e esta violência tem sua própria raiz na metafísica que até agora a inspirou. Os poderes políticos fortes que se suscederam ao longo dos séculos no Ocidente cristão foram sempre sustentados por uma metafísica forte, que, ao invés de se colocar à escuta da realidade para responder a ela, sempre tentou antecipá-la e, assim, prendê-la dentro do próprio sistema. Vattimo não esconde a profunda ligação da Igreja católica com as estruturas de violência brotadas do seio da metafísica clássica. A defesa que a Igreja faz da lei da natureza para, ainda hoje, defender os seus dogmas no campo moral, e, sobretudo, “a maneira pela qual quer impô-los correspondem a um modo específico de conceber a figura da Igreja no mundo: uma estrutura fortemente organizada em sentido hierárquico, vertical e definitivamente autoritário” (Vattimo 2004, p. 145). Nessa altura, como veremos, o abandono da metafísica forte em favor de uma débil, deveria ajudar não apenas a Igreja, mas também as estruturas políticas Ocidentais a elaborar projetos e morais mais tolerantes e atentas ao pluralismo típico do fim da modernidade. Para entendermos isso, precisamos realizar um caminho, ou melhor, uma mudança de perspectiva. Se o ser como presença está manifestando todas as suas falhas não apenas no plano teórico, mas também e sobretudo, no plano histórico e existencial, então é nesta última perspectiva que o ser deve ser de agora em diante interpretado, ou seja, como evento.

Aquilo que o homem tem de específico e que o distingue das coisas é o fato de estar referido à possibilidade e, portanto, de não existir como realidade simplesmente presente. O termo existência, no caso do homem, deve entender-se no sentido etimológico de ex-sistere, estar fora, ultrapassar a realidade simplesmente presente na direção da possibilidade (Vattimo 1996, p. 25).

É nessa altura que Vattimo recupera o discurso heideggeriano de Ser e Tempo, da existência como Dasein, ser no mundo. Não é possível entender o ser fora de uma específica dimensão temporal, histórica. Parece ter sido este o problema maior da filosofia europeia: incapacidade de pensar a historicidade e a vida em sua efetividade. O homem está situado na história de uma forma dinâmica e é somente nesta maneira que deve ser considerado. Se a verdade não pode ser mais o reflexo de uma estrutura eterna do real, um princípio único e unificador, um sistema de pensamento rígido e abrangente, então a totalidade deve ser captada como “uma mensagem histórica que devemos ouvir e à qual somos chamados a dar uma resposta” (Vattimo 2004, p. 13). Na perspectiva filosófica de Vattimo, a palavra evento é tão significativa em nossa época como foi para os gregos o termo logos ou para os chineses, o Tao. De fato, quando não dá para pensar o ser como simples presença por causa de seu enfraquecimento progressivo, só pode aparecer como evento, em sua dinamicidade histórica. Só que é desta forma e somente assim que o ser deve ser entendido, ou seja, como interligado à existência humana. Em outras palavras: o fim da metafísica como presença, provocado pelo desmoronamento dos sistemas fortes elaborados na busca de uma objetividade absoluta, desvenda a realidade do ser e do próprio homem, que não existe em si e por si, mas somente como relacionamento recíproco.

O ser relaciona-se com o homem enquanto tem necessidade deste para acontecer; e o acontecer não é um acidente ou uma propriedade do ser, mas é o próprio ser. Nem o homem nem o ser podem conceber-se como “em si”, que depois se encontram em relação (Vattimo 1996, p. 116).

O fim da metafísica como busca do fundamento único da realidade, além de manifestar o niilismo como consequência deste projeto, revela ao mesmo tempo a nova possibilidade de pensar o homem assim como ele é, ou seja, dentro de seu dinamismo histórico e existencial. O ser nunca é outra coisa senão seu modo de se dar na história aos homens de uma determinada época.



[1]. Cf. sobretudo: Gianni VATTIMO, Introdução a Heidegger, Instituto Piaget, Lisboa 1996; Le avventure della differenza. Che cosa significa pensare dopo Nietzsche e Heidegger, Garzanti, Milano 2001; O fim da modernidade. Niilismo e hermenêutica na cultura pós-moderna, Martins Fontes, São Paulo 2002; Il soggetto e la maschera. Nietzsche e Il problema della liberazione, Bompiani, Milano 2003.

[2]. Esta crítica está presente sobretudo em: G. VATTIMO, Addio alla veritá, Maltemi, Roma 2009

[3]. Cf. A.J. AYER, Linguagem, verdade e lógica, Editorial Presença, Lisboa 1991; Paul FEYERABEND, Contra o Método, Francisco Alves, Rio de Janeiro 1989.

[4]. Cf. F. LYOTARD, A condição pós-moderna, José Olimpio, Rio de Janeiro 20048.

A origem da vocação: Deus

 




Paolo Cugini


Se existe um dado inalterável e, ao mesmo tempo, irrenunciável para abordar qualquer discurso sobre a vocação, é este: é Deus que chama, é Ele que toma a iniciativa. Encontramos este “fenômeno” já nas primeiras páginas da Bíblia, quando Javé se dirige a Abraão com estas palavras: “Sai da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu te mostrarei” (Gen 12, 1). Da mesma maneira, mas em circunstâncias diferentes, é Deus quem toma a iniciativa para salvar o seu povo do cativeiro do Egito escolhendo um guia. “Do meio da sarça Deus chamou: ‘Moisés, Moisés!’ Ele respondeu: ‘aqui estou’” (Ex 3,4 ). Assim por diante, nas páginas da Bíblia, encontramos o chamado de Samuel, Elias, Davi, Isaías, Jeremias, até chegar ao chamado dos discípulos de Jesus.

O primeiro dado que aparece nos relatos bíblicos da vocação, é que Deus chama uma pessoa por nome, buscando a aproximação, o relacionamento pessoal. O segundo dado, que se apresenta nestas narrações, é que a identidade das pessoas chamadas por Deus se realiza na mesma relação com Deus. Tudo isso nos leva a concluir que a prioridade da primeira fase do acompanhamento do vocacionado, não deveria ser concentrada frisando o serviço à comunidade, mas ajudando o vocacionado a aprofundar o mistério do chamado de Deus. De fato, se Deus chama Moisés para salvar o povo de Israel e não chama outras pessoas, isto quer dizer que, na libertação do povo de Israel e no conhecimento do caminho que ele realizou para chegar à terra prometida, o conhecimento da identidade e da pessoa de Moisés é extremamente importante. Isso vale para qualquer personagem da Bíblia, que tenha um sentido vocacional. É por isso que podemos afirmar com segurança que, do ponto de vista bíblico, a prioridade da história da salvação não é o serviço ao povo mas o chamado daquela pessoa específica[1].

Pastoralmente falando podemos dizer que, se Deus chama, é necessário acompanhar o jovem chamado para que seja colocado na condição de escutar, para aprofundar o relacionamento pessoal com o protagonista do chamado, que é Deus mesmo. É isso que encontramos na experiência dos grandes vocacionados da Bíblia. Abraão é visitado em várias circunstâncias ao longo da sua vida por Deus, que lhe manifesta o seu projeto e a renovação das promessas, por causa da sua mesma obediência e fidelidade. Também Moisés e Elias, que sintetizam todo o Antigo Testamento -a Lei e os profetas- vivem um intenso relacionamento pessoal com Deus e o próprio Javé se manifesta pessoalmente a eles de maneira diferente, conforme o específico da vocação de cada um (cf. Ex 33, 18s; 1Rs 19, 1-18).

A experiência pessoal de Deus, é um traço típico do profetismo de Israel. Assim, encontramos páginas de uma intensidade única no diário de Jeremias[2], expressões que demonstram uma busca pessoal sem limites, que o distancia em profundeza de qualquer outra pessoa do povo de Israel. O relacionamento que Deus institui e cultiva ao longo dos anos com os seus profetas, os seus escolhidos, não é apenas ministerial, mas de amor[3]. Deus escolhe os seus enviados, os seus profetas, envolvendo-os de atenção amorosa, pois o serviço que eles são chamados a realizar é manifestar, com o próprio testemunho de vida, que Deus é amor e ama o seu povo. Existe um laço de paternidade incrível entre Javé e seus profetas. Elias, por exemplo, se encontra no auge da sua missão totalmente desesperado pelo aparente fracasso do seu trabalho profético[4]. Javé, então, o chama, o alimenta, se apresenta, o anima e estimula para continuar a missão, mostrando assim que servir o Reino de Deus não é um puro e simples trabalho material, que busca a eficiência, a segurança humana dos resultados, mas é apoiado exclusivamente na confiança em Deus, na sua ternura, no seu amor. Aquilo que aconteceu com Elias, com matizes diferentes, é vivido também por Jeremias, Davi, Isaías, Ezequiel, Malaquias, Oséias, e tantos outros.

Estas simples anotações, têm como objetivo frisar o dado bíblico fundamental que o profeta não é apenas um funcionário de Deus, que deve realizar um trabalho: é um escolhido de Javé, que ele mesmo chama e constantemente acompanha e cuida com carinho e amor.

A tudo isso podemos dar um nome: espiritualidade vocacional. Esta, de fato, não é apenas identificada com a coragem tipicamente profética de enfrentar reis e políticos, para questionar as injustiças e, assim, apontar o julgamento de Deus. Esta identificação da espiritualidade profética com a ação social deles é extremamente limitante e escassamente fundada na Bíblia. A espiritualidade dos profetas aponta, antes de mais nada, para aquela busca pessoal de Deus que faz do profeta um apaixonado de Javé. “Tu me seduziste, Javé, e eu me deixei seduzir. Fostes mais forte do que eu e venceste” (Jer 20,7). Palavras tocantes que desvendam uma experiência de amor, um envolvimento total, que abrange todo o universo pessoal. É este o dado que, nestas últimas décadas, por causa sobretudo dos eventos políticos, sociais e culturais, que afetaram o mundo todo, se perdeu no caminho formativo. Nas décadas dos anos ‘70 e ‘80, o compromisso social da Igreja levou a identificar o cristianismo como uma prática social e política, uma atividade. Dizia-se que Cristo é presente nos pobres e, por isso, não precisava explicitar o Evangelho, ou o nome de Jesus, enquanto era possível encontrá-lo na ação considerada especificamente evangélica: a opção pelos pobres. Infelizmente, a história mostrou que muita gente explorou a opção pelos pobres para se promover politicamente. O grande santo Charles de Foucauld[5] nos mostrou que, para amar os pobres de uma forma gratuita e desinteressada, precisa abastecer a própria alma daquele amor de Deus que se manifestou em Jesus e que encontramos na Eucaristia. A sua dedicação aos pobres era uma consequência das horas que passava ajoelhado em silêncio perante a Eucaristia.

Do outro lado, nos anos ‘90, a Igreja do Brasil assistiu à impressionante expansão das Igrejas neopentecostais e à explosão do movimento da Renovação Carismática Católica que, de uma certa forma, se apoderou da palavra espiritualidade[6]. O contexto religioso e histórico no qual a RCC se desenvolveu no Brasil, fez com que a palavra “espiritualidade” fosse identificada com individualismo e, do outro lado, com desempenho no campo social. E assim está acontecendo, na Igreja do Brasil, aquilo que aconteceu na época da Reforma. Sendo que Lutero frisava a importância da palavra de Deus, colocando em segundo plano a Tradição, a contra reforma Católica decidiu, no Concílio de Trento, priorizar a Tradição da Igreja, deixando em segundo plano a Bíblia. A história, com a falta de escuta de um e do outro, levou os protestantes e os católicos por caminhos de incompreensão que geraram guerras, violências e ódio que se protelaram até os dias de hoje. Esta atenção à escuta do outro deveria acontecer hoje dentro da Igreja Católica do Brasil, para chegar a uma vivência mais coerente e fraterna com o Evangelho que prega.

A espiritualidade bíblica aponta para uma unidade da experiência mística pessoal com Deus com o compromisso, que esta mesma experiência gera. Nada, então, de contraste e antagonismo entre interioridade e empenho social, mas unidade profunda entre as duas dimensões da experiência espiritual[7]. Isso quer dizer que, quando aparecem formas antagônicas entre interioridade e empenho social, não é por causa da verdadeira oposição entre os dois mundos, mas por causa de uma falta na compreensão dos dados bíblicos.

Se Deus deixou na Palavra revelada um modelo de guia que, com a ajuda do Espírito Santo, deve ser reproduzido, isso quer dizer que espiritual e social não são duas antinomias, mas sim dois elementos complementares da mesma experiência de Deus. É porque os profetas eram repletos do amor de Deus, que não aguentavam ver as injustiças dos políticos e ricos do tempo contra os pobres e os indefesos. Além disso, esta mesma circularidade entre momento contemplativo e ativo, encontra-se no próprio Jesus, o qual era acostumado a se entregar na oração de noite ou de madrugada e depois, ao longo do dia, dedicar o seu tempo para cuidar dos pobres, curar os doente e liberar os endemoniados (Cf. Mc 1, 17-37).

Na própria vida de Jesus é assim possível entender que a busca da intimidade com Deus, longe de ser uma fuga no individualismo egoísta ou num espiritualismo desencarnado, torna-se uma exigência profunda na vida do escolhido de Deus. Aliás, talvez seja esta busca de Deus o sintoma mais claro da autenticidade da vocação.



[1] Sobre este assunto cf. REINER, J., -DREIFUSS, G., Abramo: l’uomo e il simbolo, Giustina, Firenze 1994; KIRSCH, J., Mosè, una vita, Garzanti, Milano 2005; HESS, R., Giosuè, GBU, Roma 2006. Nessa altura, achamos interessantes as reflexões de CENCINI, A., Quando Deus chama, Paulinas, São Paulo 2003; e também as reflexões teológicas de: SANNA, I., Chiamati per nome. Antropologia teologica, San Paolo, Cinisello Balsamo 1994.

 

[2] Cf. sobretudo os capítulos 7,15 e 20.

[3] Cf SHOKEL, L.A., Profetas I,II, Paulus, São Paulo 2004, sobretudo o comentário ao capítulo 31 do profeta Jeremias e do capítulos 2 e 11 do profeta Oseias; SICRE, J.L., Profetismo em Israel, Vozes, São Paulo 1996.

[4] Cf. 1 Reis 19,1-18.

[5] Charles de Foucauld (1858-1916). Para uma primeira abordagem sobre a espiritualidade deste santo, cf.: AA.VV., L’eloquenza di una vita secondo l’Evangelo, Qiqaion, Bose- Magnano, 2003.

[6] Emanule Mounier, analisando a situação politica dos anos Trinta na Europa, dizia que quando os movimento de direita se apoderam da palavra “espiritual”, os movimentos de esquerda começam a falar de “Mistica”, abrindo o campo a muitas reflexões ambiguas (cf. Cristianità nella storia, cit..p. 78;91).

[7] É este um dos temas que Mounier enfrenta na sua obra principal:O personalismo, cit. p. 69-77.