Paolo Cugini
Uma característica ligada à
problemática da juventude gira em redor do problema do sentido da vida. Todo
jovem vive a angustia do próprio futuro, daquilo que será dele, do trabalho que
irá arrumar e assim em diante. Muitas vezes a angústia do futuro leva o jovem
para caminhos errados. É difícil, de fato, agüentar o peso da insegurança,
sobretudo quando é encaixada numa situação econômica e social carente. Ser
jovem, apesar das aparências e dos mitos que consideram a juventude a idade da
alegria, da falta de compromisso, não é fácil.
O jovem percebe a cada dia a responsabilidade de tomar as decisões
justas para que a própria vida possa enveredar o caminho certo. Aonde arrumar o
dinheiro para entrar no cursinho que prepara para o vestibular? E depois,
passado o vestibular, como manter os próprios estudos? Seria melhor arrumar um
trabalho sem carteira assinada, ou esperar e correr atrás de algo mais seguro?
E que preço seria disposto a pagar para uma segurança econômica? Um dos trabalhos
mais seguro é sem dúvida aquilo que se encontra nas prefeituras. Muitas vezes,
porém, entrar no orgânico da prefeitura significa calar a boca, não ter mais a
possibilidade de denunciar as situações de injustiça, corrupção que acontecem á
luz do sol. Vale a pena perder a própria liberdade em troca de uma segurança
econômica que, muitas vezes, é mixaria pura? Problemas em cima de problemas;
quem ajuda os jovens a resolvê-los? É claro que cada um é responsável da própria
vida, mas é possível ajudar um jovem nesta fase tão delicada da sua vida?
A primeira forma para ajudar
um jovem nesta fase tão delicada da vida é, sem dúvida nenhuma, o diálogo. Só
que, logo que um adulto se aproxima ao jovem para tentar abrir um espaço, ali
encontra uma parede chamada desconfiança. Por toda uma série de fatores, o
jovem é naturalmente desconfiado para com o adulto. É preciso, então, se armar
de santa paciência e começar a subida da “montanha” da confiança. Trata-se, de
fato, de uma verdadeira conquista, feita de etapas, de derrotas, de contínuo
esforço para conseguir uma brecha na amizade da juventude. É claro que aquilo
que aqui se entende, não é a simples conversa, ou a brincadeira alegre e
descontraída. Dialogar com um jovem para
ajudá-lo a enfrentar os problemas da vida, significa entrar no mundo delicado
da vida interior. Além disso, a grande dificuldade que se encontra neste
caminho, é que dificilmente o jovem na infância e na adolescência foi ajudado a
descobrir e a lidar com a própria interioridade. Isso vale, sobretudo, nos lugares aonde,
muitas famílias são envolvidas na busca cotidiana dos elementos básicos para
viver ou, em muitos casos, para sobreviver e, para quem deve enfrentar estes
problemas, não sobra muito tempo para cuidar da reflexão e da vida
interior. Por isso quando um adulto se
aproxima do jovem para tentar ajudá-lo a viver com mais serenidade os problemas
da vida, encontra logo a desconfiança e medo de escutar aquilo que sente dentro
de si e que amiúde abafa por não querer sofrer.
Nessa altura dá pra entender
que, acompanhar a espiritualmente um jovem, não é apenas ensinar a rezar, a
meditar a Palavra de Deus, mas fazer com que a oração e a Palavra possa
iluminar e penetrar a sua vida,
influenciar as suas decisões, preencher de sentido os seus atos. Sem dúvida,
não é qualquer pessoa que pode fazer isso. Somente quem já passou a própria
juventude lidando com a própria vida interior e se esforçando na vida adulta a
moldar a própria existência no Evangelho, pode ajudar alguém neste caminho. Seria
bom encontrar nas paróquias pessoas disponíveis por este trabalho tão
importante e, ao mesmo tempo, tão delicado.
É verdade para o jovem só no diálogo mesmo dá conselho conversar com ele explicar a vida como deve ser e às vezes Eles seguem e a maioria não E então só cabe a nós até um diálogo por esses jovens é como já estamos fazendo por que a juventude não é fácil de lidar mas sim é fácil me falar claramente com eles
ResponderExcluirBom dia na maioria das vezes os jovem obedece hino Lugares pequenos ele sempre aceita uma conversa sadia e é o que podemos fazer com a juventude no dia a dia graças a Deus aqui em Ipiraí Os jovem sempre obedece Obrigado Senhor por isso
ResponderExcluirSuper necessário haver o dialogo com os jovens, uma vez que sao muitas duvidas e angustias que sao dificeis de serem sanadas ou entendidas sozinhos. Nao podemos deixar de ter muita conversa e comunicacao para que haja maior compreensao da realidade e do mundo.
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ResponderExcluirCada fase da vida tem seu encanto e sua pitada de desencanto. Em relação a esta fase, precisamente, percebo uma perda considerável de valores. Não sei a quem atribuo essa culpa: aos pais, cada dia mais preocupados em ter e delegando a educação dos filhos a terceiros ou a sociedade perversa que exige uma juventude de sucesso e atropela quem não é vencedor. Preocupa-me a infância, a adolescência e a imaturidade de uma idade adulta. A espécie humana se afasta diariamente do amor e se aproxima de interesses e esse é um passo que, sem dúvida, a lança num abismo. Os jovens não podem dar o que não estão recebendo. E o termo "aborrescência" é fruto de uma inexperiência globalizada. Adolescer é despertar, mas as exigências estão apressando e diminuindo o sono.
ResponderExcluirVerdade muito complicado lidar com a juventude de hj mas na maioria das vezes os pais são culpados sim O mundo hoje se tornou tudo mais liberal que nem os pais tem mais autoridades sobre seus filhos ou seja eles foram tendo toda liberdade na criação que se torna difícil colocar regras depois é até então com tudo isso não se sujeitam a qualquer renda tem que ser algo mais seguro com carteira assinada se sujeitando até a cooperar com a corrupcao
ResponderExcluirCaro Pe.Dr. Paolo Cugini,falar da juventude neste momento de tamanha adversidade, de onde fica claro as incoscistências do atual cenário histórico-cultural-político-social é arriscar-se em dialogar com as juventudes, onde é perceptível uma pluralidade cada vez maior de gostos,posturas, quereres e perspectivas tão diferentes, inclusive entre os jovens... Todavia, creio que seja pontual e pertinente discussão, no sentido de que,na pós-modernidade fica claro essas incoscistências e liquidez, daquilo que não é coeso e sólido, inclusive para a vida e o sentido desta vida para a juventude...para tanto, resta-nos uma pergunta fundamental:que é isto a juventude ou que é isto as juventudes frente às projeções diárias, profissional, intelectual e humanamente falando no Séc.XXI?
ResponderExcluirComo disse o grande Filósofo Arthur Schopenhauer, acerca da angústia e existência humana, que é necessário angustiar-se pois, a mesma é"combustível" necessário para mover a nossa vida frente aos desafios da existência... Por exemplo: por que trabalhar, como trabalhar, com o que trabalhar, são angustiosas questões que devem validar e dar um sentido à vida!
Em suma, falar da/as juventude/es e de seus interesses, é dizer também, estamos aqui, próximos de alguma maneira e desejamos com uma necessária abertura e diálogo ser motivação e estímulo na busca da coisa certa e de projetos diários que te tragam a felicidade de vida humana, profissional e intelectualmente falando, afinal de contas, essa atitude também é ressignificar e dar um sentido à vida, diante de tantas variações e acontecimentos desastrosos na História e vida da humanidade, sobretudo, na pós-modernidade! Assim, pergunta-se qual o futuro do jovem nesse cenário? Ou ainda, existe um futuro para os jovens?
Pois bem, sim há um futuro, não percamos a esperança de esperançar dias melhores, na íntima e certeza da nossa racionalidade, o Sumo Bem, há de nos possibilitar tempos e dias melhores, inclusive para nós jovens!
Prof. Esp. Tobias
Conseguir entrar no mundo do jovem e/ou adolescente é uma tarefa muito difícil, pois além de ser necessário ganhar sua confiança é preciso apontar caminhos que superem sua realidade diária de sobrevivência em uma sociedade que muitas vezes está preocupada com a economia e com aqueles que trazem retorno financeiro. Fala-se em oportunidades de emprego, porém uma empresa só contrata quem tem experiências. Como oportunizar ao jovem essa experiência e ao mesmo tempo ajudá-lo a sobreviver?
ResponderExcluirAtualmente muitos jovens abandonam os estudos para trabalhar de maneira informal para sustentar sua família e continuam reproduzindo a realidade de exclusão social de muitos países pobres como o Brasil, onde além de lutar pela sobrevivência precisam enfrentar a discriminação, preconceito e exclusão social. Portanto, qualquer iniciativa que dê sentido a vida desse jovem já é uma pequena luz para mudar sua realidade.
A única coisa que eu teria a dizer a respeito disso e: se eu não tivesse encontrado o senhor, pé. Paolo, na minha adolescência e juventude (há 20 anos atrás), muito provavelmente eu não estaria aqui hoje. Se o senhor não tivesse me levado à experiência do Amor que o Evangelho nos propõe, eu não teria conseguido dar um sentido à minha existência. Não vou escrever um texto reflexivo e teórico a respeito, pois o senhor sabe bem o que eu "externalizo" por meio dessas linhas.
ResponderExcluirRealmente é muito difícil entrar no "mundo" dos jovens e tentar ajudar mudar seus pensamentos com uma realidade tão injusta para muitos que não têm oportunidades como outros que já nascem marcados para brilhar no cotidiano profissional e econômico, não por serem mais capazes, mas por os tornarem mais capazes, por já nascerem em berços de ouro, por serem filhos de "papais"e muitas vezes se tornam jovens " marionetes" com pensamentos passivos, ou melhor jovem que não pensam, mas apenas fazem o que lhes mandam. Por isso estudar, buscar realizar-se profissionalmente, intelectualmente e com pensamentos ativos, capazes de opinar e decidir é a melhor forma de crescer sem serem manipulados.Mas para isso viver o evangelho, é a melhor maneira de poder ter decisões certas na vida,e ter um encaminhamento espiritual de acordo ao seguimento do evangelho é a melhor forma. Um grande abraço Pe. Paolo!
ResponderExcluirMuito são os efeitos é desafio para entender o que passa na cabeça dessa juventude no momento em que acreditam numa boa espiritualidade na busca desse Cristo que hoje vivem tudo pode ser transformado no poder da oração que possamos acreditar nessa juventude que tem tudo pra dar certo
ResponderExcluirMuito bom
ResponderExcluirComplexo o tema. Penso que de forma geral as instituições (família, religião, estado) perderam o caminho. As lideranças e autoridades se esfacelaram, não há muito no que se espelhar, não há mais referências presentes, palpáveis. O jovem é um turbilhão de questionamentos, dúvidas, inseguranças e em sua maioria absoluta eles precisam resolver sozinhos seus dilemas. A família, escola, religião são muito teoria e pouca prática. Falam muito e fazem pouco. Se salvam alguns projetos sociais, ongs mas no geral é cada um por si. Nunca fomos tão individualistas num mundo em que pensar, refletir e cuidar da vida interior não é parte prática dessa sociedade e cada dia se torna um luxo cada vez mais distante. Para maioria absoluta da juventude sobreviver é a palavra de ordem e muitas vezes não importa como.
ResponderExcluirEm primeiro lugar na minha vida religiosa foi ter conhecido Pe.Paolo...indo a suas missas...me enchia sempre do Espírito Santo...Ele fazia com que nos apaixonasse cada vez pela vida cristã. Além do que é um ser humano iluminado. ..pessoa que amo muito.Só tive aprendizado com ele. Sobre sua matéria o que posso falar é que:as vezes quando moramos no interior o lugar seguro no sentido de emprego é ser concursado pela prefeitura,isso nos dá uma segurança,mas não por isso temos que mos deixar mandar nas nossas opiniões.A maioria dos jovens começam a trabalhar cedo porque suas famílias não tem condições de custear seus estudos. Tudo na vida devemos começar pelo diálogo e falar com jovens requer uma sabedoria para falarmos com eles principalmente sobre "religião "pois muito deles já tem suas escolhas e opiniões formadas mas mesmo assim não podemos desistir de evangelizar e falar dos Ensinamentos de Cristo . Um abraço meu grande mestre nos ensinamentos da palavra de Deus.
ResponderExcluirAcima foi Erice Miranda Ribas-Lisboa-Portugal quem escreveu.
ExcluirÓtima reflexão! Talvez a grande questão do trato com a juventude esteja justamente em como vivemos as nossas juventudes e como moldamos nossa vida adulta. Reconhecer nossas quedas, os caminhos para o soerguimento é trazer à luz o próprio caminho da espiritualidade, que tem nuances. Percebo que a juventude se afasta das pessoas muito santas, pq nelas percebem um nível extremamente inalcançável, eles estão inseridos em realidades diversas, é preciso ter sensatez não para julgar essas realidades, mas em como encontrar caminhos para o amadurecimento da espiritualidade em meio a diversidade. Talvez seja a grande dificuldade das paróquias, acolher o jovem em sua essência, com suas marcas, talvez esteja na linha da não padronização, esteja em perceber as individualidades, para daí um direcionamento. Nem todos chegam a entender a espiritualidade pelos mesmos caminho.
ResponderExcluirComo o senhor mesmo definiu... bom e importante! Não considero esse trabalho xomo difícil, mas considero ele especial, a pessoa-adulta tem q ser a certa-escolhida-a chamada, para tal cargo. Ela tem q ter a capacidade de ter uma autoridade ao mesmo tempo gerar uma empatia com os jovens. Compreensão é a palavra chave, compreende, escuta, e assim traçando uma amizade p gerar um diálogo de "orientação e aconselhamentos". Tive pessoas como Pe. Paolo e Sheila com essas características. Sei q são pessoas especiais, q eu tive uma admiração e respeito... daí surgiu o diálogo.
ResponderExcluirCertamente o jovem sempre precisa de acompanhamento para que saiba tomar as melhores decisões e quais caminhos trilhar na vida, tem de se ter mente que algumas escolhas são renúncias, que alguns desejos e sonhos só vem a longo prazo. Precisam de orientação e de paciência para que possam amadurecer e transformar-se em pessoas de bem e seguras, e com a certez também que nem tudo será perfeito!
ResponderExcluirA juventude é uma semente ,que cresceu e tornou se árvores,seja ela em terrenos fértil ou pedregoso .Daí consiste buscarmos a maneira de como cultiva lo em meio a sua realidade. No terreno fértil da sociedade capitalista essa juventude poderá ter bons adubos mesmo que não tenha bons frutos e no terreno pedregoso da mesma sociedade ele encontrarás poucas oportunidades para crescer. Duas realidade indiferentes que nos leva a buscar mos meio de da sentido aos objetivo de ambos. Externar nosso pensamento e articular métodos eficazes para da sentido a vida depende também de sermos bons agricultor e viver uma vida de contemplação a DEUS dentro do lar,sociedade e igreja .Assim o nosso testemunho pode servir de degrau para o crescimento espiritual e cultural dessa juventude.
ResponderExcluirA juventude é uma semente ,que cresceu e tornou se árvores,seja ela em terrenos fértil ou pedregoso .Daí consiste buscarmos a maneira de como cultiva lo em meio a sua realidade. No terreno fértil da sociedade capitalista essa juventude poderá ter bons adubos mesmo que não tenha bons frutos e no terreno pedregoso da mesma sociedade ele encontrarás poucas oportunidades para crescer. Duas realidade indiferentes que nos leva a buscar mos meio de da sentido aos objetivo de ambos. Externar nosso pensamento e articular métodos eficazes para da sentido a vida depende também de sermos bons agricultor e viver uma vida de contemplação a DEUS dentro do lar,sociedade e igreja .Assim o nosso testemunho pode servir de degrau para o crescimento espiritual e cultural dessa juventude.
ResponderExcluirMario Augusto
É uma verdade ter a capacidade de conquistar multidões de jovens, e além do mais abrir os olhos de muitos deles para verem além do visivel, são poucas as pessoas que tem essa capacidade e com a luz do evangelho deu a graça de muitos jovens ter liberdade. Os grupos de jovens criados nos bairros deu -nos a capacidade de perceber que somos capaz de ir além daquilo que nós eram impostos quantas reflexões e sermões que ficaram marcados. Acreditar na juventude em acreditar em mudança que através dos estudos e dos esforços podemos vencer os preconceitos existente para com a camada mas pobre da população.
ResponderExcluirMaria Patrícia. Paty braço Mindinho
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