CONGRESSO CONTINENTAL DE TEOLOGIA
PORTO ALEGRE – OUTUBRO 2012
Síntese: pe Paolo Cugini
Centro dos estudos Bíblicos: CEBI. Sem os movimentos populares nãohaveria leitura popular da Bíblia. É necessário colocar a Bíblia na mão do povo.
Desenvolver uma metodologia de leitura bíblica numa caminhada pastoral. É aqui que nasce o método: ver, julgar, agir.
A leitura popular da Bíblia ajudou a dar a palavra aqueles que não são acostumados. Este fato ajudou no caminho do protagonismo dos leigos. Quando o leigo se conscientiza com a Palavra de Deus a coisa vai para a frente.
Onde se manifestou isso?
1. Teologia da terra: é a questão que mais se destaca a nível nacional.
2. Movimento político. Lei da ficha limpa, lei 9840, etc.
3. A consciência indígena.
4. A luta dos afrodescendentes
5. Lutas das mulheres. Lei Maria da Penha
6. Mobilização dos homossexuais
7. Frentes ecológicas
8. Novos avanços da ciência (biotecnologia, física quântica, etc)
Problemas abertos: saúde, educação, alimentação, moradia.
A pauta ampliou o leque, mas os grandes problemas estão abertos.
Ap 13: a visão das duas bestas.
A besta que vem da terra é o neoliberalismo que produz o consumismo. Hoje a morte está presente em muitas casas. Hoje a questão é saber se estamos sabendo enfrentar esta segunda besta.
A Dei Verbum é o documento talvez mais importante do Concilio. Deus fala também hoje, e não apenas no passado. A Bíblia nos ensina onde Deus fala hoje, no meio do povo, na nossa vida. Deus fala hoje.
“Aquilo que vimos e ouvimos nós o anunciamos a vós”.
7 pontos
1. A Bíblia é a Palavra de Deus. A Palavra já está no coração do povo. A missão principal é revelar. Deus está nos fatos. Tirar o véu dos fatos. A vida ajuda entender a Bíblia e vice-versa. Tudo é revelação, pois Deus criou chamando.
2. A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana. Se é linguagem humana deve ser interpretada.
3. Jesus é a chave principal da Palavra.
4. A Bíblia é livro da Igreja. A infalibilidade nasce de baixo para cima. A força das CEBs é na base. A leitura fundamentalista agrada aos poderes conservadores.
5. A leitura orante. A interpretação da Bíblia deve estar a serviço da evangelização e não de ideologias.
6. No céu convive água e fogo: é típico do pensamento semitio, convivência dos polos oposto. Na mentalidade europeu-grega os opostos se eliminam: a razão e o mito, a razão acaba com o mito. Na mentalidade semítica acontece a convivência dos apostos: marido e mulher. O discurso científico é fundamentalista, porque exige sempre a fundamentação; pelo contrário o conhecimento do povo não precisa disso.
7. Justiça de Deus: nova possibilidade de ser salvo.