36º
Congresso Internacional da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter)
- PUC Minas-Belo Horizonte, 9-12 julho 2024
Palestrante 1:
Dr. Joelson Roberto de Oliveira (PUCPR)
Palestrante 2:
Dra. Adelaide de Faria Pimenta (PUC Minas)
Moderador: Dr. Allan da
Silva Coelho (UMESP/USF)
Síntese: Paolo Cugini
Dr. Joelson Roberto de Oliveira (PUCPR)
Problema da reforma do ser humano provocada pela IA e tecnologia
em geral. Tran e pós humanismo são termos diferentes. Humanismo é o movimento que
se desenvolveu no século XV com pico da Mirandola, que se distancia da religião
para uma reflexão autônoma do homem. A tecnologia está oferecendo a
possibilidade de desenvolver o projeto humanista. O problema da filosofia é que
sempre quando fala do homem o descreve como algo de fixo, com uma sua dignidade
específica. Hoje, o conceito do homem é em continua mudança.
Pós-humanismo: se fala do prejuízo do humanismo, como
o especismo, o machismo. É uma reflexão crítica
Trans humanismo: se dizem continuadores do projeto
humanista. Manifesta uma insatisfação com o projeto da natureza sobre o homem.
Tem vários movimentos trans humanistas. Aplica a tecnologia para a mudança da
condição humana. A própria natureza não está acabada. Estamos em trânsito para
algo melhor. Existe uma insatisfação com a criação divina: somos seres
imperfeitos, com um corpo que envelhece e que morre. Estamos presos numa
condição mortal. Além disso, somos incapazes de viajar no universo. Os
transumanistas são bem organizados, são inseridos na politica e nas
universidades.
Em torno desta proposta de reforma do ser humano tem
um problema teológico. Aparece a morte de Deus, a morte dos grandes ideais,
como a dignidade humana. O nihilismo remete o ser humano a uma permissão
absoluta: sem Deus podemos fazer tudo. A morte de Deus nos deixou desprovido
sobre como usar os poderes. Hans Jonas: o maior dos poderes se uniu ao maior
dos vazios. A tecnologia nos deu um poder imenso sobre a natureza humana e vegetal.
Estamos na beira de uma revolução humana. Existe uma falta de referência ética e
religiosa para entender como utilizar estes poderes.
Romano Guardini é um dos primeiros a escrever sobre o
mal uso do poder tecnológico. Este poder é originado pelo fato que o homem não
sente o mundo como próprio. Estamos sem terra, porque a globalização nos
colocou no tudo pode. Agora este dato é assumido pelas tecnologias. Bruno Latour:
desregulação. As empresas tecnológicas não estão interessadas do cuidar e da
casa comum, pois nós vivemos, como diz Guardini, desprotegidos.
Dra. Adelaide de Faria Pimenta (PUC Minas)
Transumanismo e mitos na era da imortalidade digital. Palavra-chave:
melhoramento. Cura da more, pois a morte é considerada uma doença. A busca é não
envelhecer e não morrer.
Natasha Vita-More. Criou um projeto pos humano.
Extropia, termo criado em 1988. É o oposto da
entropia.
Nick Bostrom
Princípios da filosofia transumanistas: buscam a aceleração
da evolução. É uma vida não religiosa que recusa a fé e a religião.
J B S Haldane, Daedalus, 1923.
Está na origem do transumanismo. O inventor químico ou
físico é sempre um Prometeu.
Na II Guerra Mundial a Alemanha elaborou substância
para criar super soldados.
Julian Huxley: foi ele que oficializou o termo transumanismo.
Na realidade já Dante Alighieri utilizou a palavra transumanar.
Mito de Gilgámesh: necessidade de Deus ser eterno e do
home também se tornar Deus. Os mitos gregos e dos povos antigos apresentam o
tema da busca da imortalidade. Isso acontece também nas religiões orientais como
o hindu. Também no antigo Egito.
Sem o concurso de um Deus o transumanismo realiza a
imortalidade.
Crionica: crença que congelando o corpo pode viver com
as novas tecnologias A imortalidade é matemática, não mística.
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