quarta-feira, 10 de julho de 2024

Segunda Mesa Redonda - Pós e transumanismo: questões teológicas

 




36º Congresso Internacional da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter) - PUC Minas-Belo Horizonte, 9-12 julho 2024

 

 


 

Palestrante 1: Dr. Joelson Roberto de Oliveira (PUCPR)

Palestrante 2: Dra. Adelaide de Faria Pimenta (PUC Minas)

Moderador: Dr. Allan da Silva Coelho (UMESP/USF)

 

Síntese: Paolo Cugini

 

Dr. Joelson Roberto de Oliveira (PUCPR)

Problema da reforma do ser humano provocada pela IA e tecnologia em geral. Tran e pós humanismo são termos diferentes. Humanismo é o movimento que se desenvolveu no século XV com pico da Mirandola, que se distancia da religião para uma reflexão autônoma do homem. A tecnologia está oferecendo a possibilidade de desenvolver o projeto humanista. O problema da filosofia é que sempre quando fala do homem o descreve como algo de fixo, com uma sua dignidade específica. Hoje, o conceito do homem é em continua mudança.

Pós-humanismo: se fala do prejuízo do humanismo, como o especismo, o machismo. É uma reflexão crítica

Trans humanismo: se dizem continuadores do projeto humanista. Manifesta uma insatisfação com o projeto da natureza sobre o homem. Tem vários movimentos trans humanistas. Aplica a tecnologia para a mudança da condição humana. A própria natureza não está acabada. Estamos em trânsito para algo melhor. Existe uma insatisfação com a criação divina: somos seres imperfeitos, com um corpo que envelhece e que morre. Estamos presos numa condição mortal. Além disso, somos incapazes de viajar no universo. Os transumanistas são bem organizados, são inseridos na politica e nas universidades.

Em torno desta proposta de reforma do ser humano tem um problema teológico. Aparece a morte de Deus, a morte dos grandes ideais, como a dignidade humana. O nihilismo remete o ser humano a uma permissão absoluta: sem Deus podemos fazer tudo. A morte de Deus nos deixou desprovido sobre como usar os poderes. Hans Jonas: o maior dos poderes se uniu ao maior dos vazios. A tecnologia nos deu um poder imenso sobre a natureza humana e vegetal. Estamos na beira de uma revolução humana. Existe uma falta de referência ética e religiosa para entender como utilizar estes poderes.

Romano Guardini é um dos primeiros a escrever sobre o mal uso do poder tecnológico. Este poder é originado pelo fato que o homem não sente o mundo como próprio. Estamos sem terra, porque a globalização nos colocou no tudo pode. Agora este dato é assumido pelas tecnologias. Bruno Latour: desregulação. As empresas tecnológicas não estão interessadas do cuidar e da casa comum, pois nós vivemos, como diz Guardini, desprotegidos.

Dra. Adelaide de Faria Pimenta (PUC Minas)

Transumanismo e mitos na era da imortalidade digital. Palavra-chave: melhoramento. Cura da more, pois a morte é considerada uma doença. A busca é não envelhecer e não morrer.

Natasha Vita-More. Criou um projeto pos humano.

Extropia, termo criado em 1988. É o oposto da entropia.

Nick Bostrom

Princípios da filosofia transumanistas: buscam a aceleração da evolução. É uma vida não religiosa que recusa a fé e a religião.

J B S Haldane, Daedalus, 1923. Está na origem do transumanismo. O inventor químico ou físico é sempre um Prometeu.

Na II Guerra Mundial a Alemanha elaborou substância para criar super soldados.

Julian Huxley: foi ele que oficializou o termo transumanismo. Na realidade já Dante Alighieri utilizou a palavra transumanar.

Mito de Gilgámesh: necessidade de Deus ser eterno e do home também se tornar Deus. Os mitos gregos e dos povos antigos apresentam o tema da busca da imortalidade. Isso acontece também nas religiões orientais como o hindu. Também no antigo Egito.

Sem o concurso de um Deus o transumanismo realiza a imortalidade.

Crionica: crença que congelando o corpo pode viver com as novas tecnologias A imortalidade é matemática, não mística.

 

 

 

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