36º
Congresso Internacional da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter)
- PUC Minas-Belo Horizonte, 9-12 julho 2024
Palestrante
1: Dr. Moisés Sbardelotto (PUC Minas)
Palestrante
2: Dra. Magali do Nascimento Cunha (UFBA)
Moderador:
Dr. Marco Túlio de Sousa - Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP)
Síntese:
Paolo Cugini
Dr.
Moisés Sbardelotto
Construção
do bem comum que exige práticas de comunicação.
Midiatização
digital. Ecologia midiática na qual a voz das máquinas se mescla á voz das
pessoas. Transformações informacionais. A identidade da pessoa não é um
conjunto de dados.
Humus
simbólico: reviravolta linguística. Pela
primeira vez na história o ser humano perde seu monopólio sobre o uso eficaz da
linguagem. A eficácia linguística da AI desafia a capacidade humana. É preciso
repensar o comum. O risco de deixar de lado a potência do indivíduo. (Sodré).
Humus
tecnológico. Mídias como espécies companheiras (T. Lenoir
2009). Comunicação é um processo artificial (Flusser, 2011). Repensar a ideia
de sociedade. Alfabeto, gestos: é tudo invenção humano. A Inteligência é artificial
por si mesma, pois utiliza sempre artefatos para apreender. Necessidade de
superar o antropocentrismo. Necessidade de um antropo descentramento
(Marchesini, 2010).
Humus
sociocultural. Humanismo digital (Nidia
Rumelin e Weindenfeld, 2019). Pensar um humanismo digital integral, mas a
superação autocentrada do ser humano a partir das relações com as alteridades
não humanas. Necessitamos de uma razão cordial. Busca de um encontro amoroso
com os seres.
Proposta:
pensar uma biocomunicação. Comunicação não
viva e computacional e comunicação geradora de morte por meio da desinformação.
Comunicação que é humanizante.
Dra.
Magali do Nascimento Cunha
O
direito a vida e à coexistência humana antes as novas modalidades de IA:
desafios às religiões.
Reconhecimento
facial para a segurança pública.
Safya
Noble, Algoritmos de opressão
Tarcísio
Silva, Racismo algorítmico.
Nós
temos um processo de algoritmização. Temos um grande desafio como pessoas
religiosas. Cada pessoa tem direito de viver.
Uso
da mentira e do engano para interferir no interesse público. Conceito de desinformação:
conteúdo deliberadamente criado, falso ou enganoso para convencer, captar
apoios, confundir, destruir reputações com a finalidade de se obter ganhos econômico
e políticos para interferência em temas e situações de interesse público.
Porque
as pessoas acreditam. O segmento mais vulnerável a isso é o religioso porque
tem o ponto da crença. Os cristãos são os mais vulneráveis. Os cristãos são os
maiores divulgadores de desinformação.
Dois
desafios:
a.
Intolerância
algorítmica
b.
Propagação
da mentira cujo alvo são os grupos religiosos.
Proposta:
não podemos demonizar o processo. Necessidade urgente de educação mediática.
Intender como funciona. Estamos despreparados. Educa Midia trabalha com três pontos:
·
Ler: entender como se constroem as notícias
·
Escrever: colocar que tem regras para produzir textos. Cada mídia
tem sua linguagem.
·
Participar: cidadania digital, comentar, partilhar, etc. e
pensar as consequências daquilo que postamos e comentamos.
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