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Paolo Cugini
Conforme uma tradição
muito antiga, o mês de maio na Igreja católica é o mês dedicado a Maria. Desde
o começo da sua historia, a Igreja sempre teve um carinho todo especial por
Maria, a mãe de Jesus, o nosso Salvador. Devoção a Maria que se espalhou,
sobretudo nas camadas mais pobres da sociedade, que sempre encontram em Maria a
ternura e Deus, o seu lado materno, carinhoso. Por isso a devoção Mariana
sempre encontrou grande respaldo, pois ajuda a perceber a dimensão terna de Deus,
a sua misericórdia, amenizando assim os elementos de dureza que as vezes
aparecem na Bíblia e que amiúde encontramos na pregação, sobretudo de cunho
pentecostal. Além disso, a devoção a Maria mãe do Senhor valoriza a figura da
mulher, contribuindo a desmanchar aquele machismo endêmico que espalhou-se
injustamente também no cristianismo. O mistério da salvação da humanidade passa
necessariamente do consentimento de uma mulher, Maria, escolhida desde a
eternidade, para ser a mãe do Salvador Jesus Cristo. A sã devoção Mariana ajuda, assim, a
purificar a vida espiritual e a experiência religiosa daquele machismo que
estraga o relacionamento entre os irmãos, distorcendo a imagem da mulher. Por
isso, podemos afirmar tranqüilamente que o mundo de hoje precisa muito de
Maria, do jeito dela, da maneira delicada e silenciosa de enfrentar os
problemas da vida. Precisamos de Maria para que Ela nos ajude a considerar a
mulher não apenas do lado do prazer, mas sim como parceira amiga e sensível,
que Deus quis colocar ao nosso lado para humanizar a historia.
Precisamos de Maria neste
mundo violento para aprendermos a solucionar os problemas do dia a dia não com
a arrogância e a truculência, mas sim com aquela delicadeza típica do estilo
feminino.
Que Maria mãe de Jesus e mãe nossa, nos
acompanhe sempre e nos ajude a sermos discípulos autênticos do seu Filho Jesus,
na construção do seu reino de justiça e de amor.
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