CURSO YANOMAMI E
YE’KWANA
Segunda feira 12
março 2024
Relator: Marcelo Moura
Síntese: Paolo Cugini
A chegada na América abri um
novo modo de falar e de entender até a geografia. Uma das grandes questões
seria a pergunta sobre quem seriam estas novas pessoas e as crenças deles.
Se desenvolve o mito do bom
selvagem elaborado por Jacque Rousseau. Foi também colocado a característica de
bárbaros, de práticas sociais que vão sendo condenadas. A incompreensão das
práticas indígenas levou a uma condenação ética.
É percebido como um povo que
deve ser introduzido no poco de Deus. Este foi o pensamento religioso do tempo.
Do ponto de vista político os indígenas eram pensados como nova força de
trabalho. Estes são os primeiros pensamentos
dos europeus quando entraram em contato com os povos indígenas. Os indígenas,
então parecem um povo ser religião, sem leis e sem rei. São povos
caracterizados pela negação. Esta é uma conduta de pensamento que pensava estes
povos a partir daquilo que não tinham em relação aos europeus. Te a percepção
de uma falta.
É uma analise dentro uma
logica linear onde haveria um momento inicial, onde a humanidade era boa, e
depois um estado de barbárie que deveria caminhar na direção de se tornarem
civilizados.
Esta logica condicionou a
relação com os povos indígenas, uma visão negativa que prejudica o autêntico conhecimento.
Uma ideia importante para uma nova forma de se relacionar com os povos indígenas
é entender o sentido do etnocentrismo destas análises, sentido que absolutiza uma
única maneira de interpretar a sociedade.
Airton Krenak analisa esta perspectiva etnocêntrica, esta única verdade
de analisar o mundo. Precisa entender os povos indígenas a partir da maneira
deles entender a realidade, a partir do ponto de vista deles.
Primeira relação:
1500 -1560. Primeiras expedições,
chegada em Porto Seguro. Foram deixadas algumas pessoas para que aprendessem
como vivem os povos indígenas. Tiveram os primeiros casamentos entre colonizadores
e povos indígenas. Na realidade tiveram muitas violências, abusos sexuais.
Tiveram trocas comerciais. Tiveram alianças guerreiras. A Bula do Papa
condenava a escravidão dos indígenas.
Teve uma representação
fantasiada dos povos indígenas, fruto de projeções culturais etnocêntricos. Objetivo
inicial era submeter a população indígena, desejo de controle, tornar eles vassalos
do Portugal. Por isso tiveram guerras, que os portugueses chamavam de guerras
justas. Estava justificado o direito de guerra com ataques, extermínio, pois
estavam se recusando a participar desta comunhão dos filhos de Deus.
Colonos-missionários. Missionários
buscavam novas almas com a catequização.
Os missionários faziam inspeções
dentro do território para conhecer os povos indígenas, provocando o aldeamento
que foi o contexto do extermínio por causa das doenças. Nessas aldeias formadas
pelos missionários tinha o aparato da catequização que proibia as práticas indígenas.
Progressivo afastamento dos povos indígenas das suas línguas, crenças e territórios.
Os Jesuítas são expulsos da colônia
e o Estado vai tomar conta. Objetivo era submeter os indígenas.
1834: rebelião da Cabanagem.
Revolução indígena no Norte.
1843: aos Capuchinhos é dado o
controle das missões dos povos indígenas.
Se desenvolve o latifúndio e,
com isso, a grilagem, ou seja, a falsificação da posse de terra.
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