[Arquivo Miguel Calmon 2002]
Paolo Cugini
É assustador ver
como os homens têm facilidade de pegar as armas para matar outros homens. É
ainda mais espantoso quando isto é feito em nome de supostos princípios
religiosos. Eu, de fato, acredito naquilo que Bin Laden, há alguns dias, vem
dizendo por aí, ou seja que a guerra dos
Estados Unidos, além de manifestar um interesse para o petróleo iraquiano,
representa também uma tentativa de contrastar o mundo islâmico.
A guerra é
sempre feia, mas quando no meio aparecem motivos religiosos é ainda mais feia.
Quem é que vai se lembrar da sensação decepcionante que provocou a chacina que
aconteceu na Ruanda em 1994 quando duas tribos de religião católica, Utsi e Tutsi
se massacraram para obter o poder político?
Pertencer a uma
igreja ou a uma religião é uma coisa, interiorizar um conteúdo religioso é toda
uma outra história. E assim nós temos igrejas lotadas de pessoas religiosas,
que não sabem quase nada do conteúdo da religião que dizem pertencer. O resultado
desse ateísmo religioso está aí, sobre os olhos de todo mundo. Quantas fofocas
e brigas. Quantas pessoas religiosas não conseguem perdoar e dizer aquela
palavrinha mágica: “desculpa”.
Interiorizar o
Evangelho para que seja Jesus a guiar nossos passos, nosso pensamento: é o
grande desafio. Aceitar calar a boca e
escutar. Parar de sair, entrar em si mesmo, é buscar o silêncio para aprender a
discernir a voz do Mestre, para segui-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário