Paolo Cugini
É a dificuldade de esperar as
respostas às questões da vida, que nos faz correr para a primeira religião que
nos encontramos e que, na grande maioria das vezes, coincide com a que
encontramos na família. É a religião de preços baixos, que nos custa pouco,
senão o preço de uma mísera vela elétrica. Afinal, é preciso muito pouco para
acalmar a consciência e voltar rapidamente ao nosso trabalho diário, que
consiste, resumindo, em perder tempo, em passar o tempo, sem pensar exatamente
no porquê das coisas, nos motivos que nos induz a fazer uma coisa em vez de
outra. E, o tempo, passa e nos parece lento, ainda nos parece.
Constantemente tentados pela
religião a não pensar, a se abrigar, a encontrar um porto seguro, a encostar
nela com a garantia da tradição e, sobretudo, com outras pessoas que, talvez,
sejam a maior garantia para quem tem dificuldade em encontrar as suas próprias
respostas. É a droga do bom senso, do que sempre foi feito assim, do pensamento
bem feito. E depois há os rituais que são sempre os mesmos, com as mesmas
palavras que dão grande segurança a todos aqueles que, com medo da vida,
procuram um sofá para descansar em paz, longe das preocupações.
Devemos ter aprendido a
caminhar na solidão em busca de nós mesmos, do sentido das coisas que vivemos.
É preciso ter começado a trilhar esse caminho desde a adolescência, para nos
tornarmos jovens que se afastam da estupidez coletiva, do senso comum.
Contra a força da estupidez
óbvia feita religião, não há razão para sustentá-la. Quando o pensamento de um
grupo se uniformiza, não é mais possível raciocinar e, o pensamento diferente,
o pensamento que se questiona e que questiona, torna-se perigoso para toda a
comunidade. Nestes casos, para o espírito livre, para quem simplesmente busca o
sentido das coisas, é melhor mudar o ar, ir para outro lugar.
Os humanos desde dos tempos remotos têm uma necessidade de viver com a presença do outro,a exemplo o povo clamou a presença concreta de Deus,ainda somos crianças ao não sabemos conviver com a própria companhia,a religião sempre foi Visto como um encontro com Deus,mas o próprio Jesus teve necessidade de insanamente social como uma necessidade de insanamente que temos encumum necessidade pra chegar no nosso interior é revelado o melhor da alma humana.
ResponderExcluirO que eu venho questionando ultimamente é quem ganha com a estupidez humana, quem ganha com a uniformidade do pensamento. Não encontro sentido em se identificar cristão e pensar coletivo... Mais indignada fico com as religiões, e aí ficam pouquíssimas as que sobram,que aproveitam dos delírios coletivos, das crises de consciência para ao invés de conduzir a uma reflexão individual, uma reflexão do ser, ofertam como bem o texto traz, um paliativo, uma droga para apaziguar a consciência e não uma mudança da consciência. Viva o espírito livre, que ele resista!
ResponderExcluir"Constantemente tentados pela religião a não pensar, a se abrigar, a encontrar um porto seguro (...)". E é desse "não pensar" que alguns políticos se aproveitam da religião como instrumento de poder.
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